Conversamos com KRYARTURA sobre vida, planos pro futuro, acontecimentos marcantes no passado e lentes de contato, leia a entrevista na íntegra.
Onde você tá agora?
KRYARTURA: Fazendo as minhas unhas aqui na Kris Nails, ela é minha manicure favorita, estou tendo um momentinho de beleza
Que projetos você esta trabalhando no momento?
KRYARTURA: No momento estou trabalhando num som autoral na parte da letra com o Votú, que é um produtor musical de Minas Gerais que produz musicas para revista Ella; Estamos trabalhando nessa musica junto com a Sé da Rua que é uma artista incrível de São Paulo. Também estou trabalhando num EP autoral mas para um lançamento muito no futuro, pois tenho buscado sair um pouco dos formatos de musica que eu já produzi anteriormente. Tenho tentado também trazer alguns shows com mais estrutura, trazendo mais da minha estética, mas nenhum desses tem uma data de lançamento marcada, por enquanto estou trabalhando nos eventos dos outros.
Com quem você trabalha?
KRYARTURA: Gosto muito de trabalhar (alem do Votú e da Sé da Rua) com o Pauli, que é um boyceta da dupla de hip-hop PAMKA. Recentemente trabalhamos junto num beat, estamos produzindo uma das musicas pro meu EP e fui contratada para fazer a beleza, direção e produção do clipe de “Lagarto”, musica do projeto solo dele, foi incrível. Ele é um artista muito inspirador e nossas ideias batem bastante.
O que você tá vestindo agora?
KRYARTURA: Neste momento estou com uma blusinha sem alça, uma coisa assim meio verão de (estampa) zebra e um shortinhos jeans de estampa oncinha. Uma coisa meio safari (risos) meio a vontade, uma vibe assim.
Como é sua rotina matinal?
KRYARTURA: Geralmente não gosto muito de acordar cedo, mas de um tempo para cá tenho me dedicado mais em construir essa disciplina de rotina, pois quando se é artista independente ou um trabalhador autônomo tem a parte boa que é fazer as coisas na hora que a gente quer, mas tem a parte ruim que é se a gente não fizer as coisas a gente não recebe; Então aprendi a construir uma rotina onde eu acordo de manhã, tomo o meu cafezinho com canela sem açúcar, dou uma olhada nas redes sociais para ver se tem um resposta e já penso nos conteúdos do dia: anunciar as festas que eu vou estar envolvida, agora acabei de sair de um reality show de drag queens chamado Elas que Lutem, assim que acordo eu já venho buscando maneiras de deixar o meu publico a par da minha agenda para estar recebendo esse apoio. A minha manhã sempre acaba com uma caminhada para repor as energias, um momentinho de sol e basicamente é isso: tomo um café, adianto as minhas coisas e vou cuidar de mim.
O que te da energia?
KRYARTURA: É ódio que eu sinto. Eu sinto muito ódio das coisas, das situações que eu sou colocada; Minha arte veio disso, desse ódio, dessa raiva, desse descontentamento e isso tem sido o meu combustível na maioria das vezes, mas também o que me da energia alem do café com canela que é muito bom (risos) são minhas amizades, minhas irmãs, meus irmãos, as pessoas da comunidade, as pessoas que são drags assim como eu, meus semelhantes são os que mais me trazem força. E a necessidade. A necessidade de estar bem e a necessidade de estar sendo vista, isso faz com que eu busque maneiras de aperfeiçoar para me destacar dentre as outras queens, pois existem muitos talentos aqui na baixada, isso é inegável, a gente tem que estar a altura, então isso traz combustível.
O quanto mulheres possivelmente bissexuais e heterossexuais vistas como ícones comunidade são importantes para você?
KRYARTURA: Sendo franca, essas mulheres não são nada importantes para mim, pois por mais que em certo ponto da historia elas tenham trazido alguma visibilidade, elas não vivenciam as nossas coisas. A visibilidade foi importante – Até mesmo a Madonna que é o maior ícone que a gente conhece perto desse arquétipo – Eu acho interessante como elas trouxeram visibilidade mas nunca trouxeram o sustento, no sentido que é muito legal você ouvir uma diva falar de amor próprio e tudo mais, só que ela esta falando de uma outra vivencia que não a sua, então pra mim a importância é midiática, mas pessoalmente elas nunca vão estar aptas a representar meus pensamentos, porque elas não são como eu: a gente justamente não tem o mesmo corpo. Lógico que as mulheres na industria da musica foram e são importantes para combater certas culturas machistas mas chega um ponto em que elas darem visibilidade não é o bastante. Nós não precisamos que elas nos deem a voz, nós precisamos que elas nos escutem porque nós já temos a vozes. Eu penso muito sobre isso.
Quantas horas por dia você trabalha?
KRYARTURA: Basicamente o dia inteiro, eu acordo entre 8:30-9h e 9:30-10h já estou trabalhando, tento manter um limite de trabalhar até as dez da noite, mas as vezes acaba passando. Teve dias que já trabalhei mesmo o dia inteiro, porque como falei quando você é autônomo se você não trabalhar o dinheiro não vem. Então dedicação total ao trampo para estar comendo, vivendo, sobrevivendo. É necessário.
Qual foi o trampo mais difícil que você já trabalhou?
KRYARTURA: Confesso que já organizei muitos eventos artísticos, já organizei ensaio fotográfico, já dirigi web série, já dirigi clipe mas nada se comparou a produzir e apresentar a parada LGBT de Praia Grande de 2020, que foi a parada virtual. Tive acesso e participei da diretoria da ApoLGBT junto com outras pessoas e acho que esse foi o trabalho mais difícil pois são muitas lutas né?
Alem da luta LGBT em si você organizar um evento na Praia Grande é esperado que as pessoas queiram chamar artistas de São Paulo, e eu sempre bati muito nessa tecla de não chamar gente de fora, pois nós temos os talentos necessários. Toda parada a gente sempre vê uma representatividade GGG muito grande, na parada que eu fiz eu tenho orgulho de me gabar mesmo de ter sido a única edição que nós colocamos uma pessoa de cada sigla para falar por si. Não teve gays falando sobre vidas trans, não teve pessoas brancas falando sobre vidas negras. Como eu disse, cada pessoa já tem sua voz, a gente não tem que dar voz para as pessoas, temos que dar ouvidos, porque a voz já esta ali.
Foi difícil localizar e encorajar essas pessoas a irem na parada e foi difícil exigir que somente artistas locais fossem contratados, muito difícil no começo. Existiam alguns artistas que são caiçaras e moravam em SP, mas isso é um cenário diferente e mesmo assim o elenco foi 100% caiçara e LGBT. A única pessoa hétero envolvida na produção foi o dono do estúdio que gravamos, mas ele é um aliado e super entendeu e respeitou as pessoas, como a gente espera. O evento foi complicado mas eu venci e acho que todas nós entregamos um trabalho magnífico.
Você esta fazendo uma rifa agora, fala sobre isso!
KRYARTURA: Estou fazendo uma rifa pois no mês do orgulho não fui contratada para nenhum trabalho referente a isso. O mês do orgulho é o mês que vemos mais empresas investido, buscando, reverberando ideias e identidade porque as lutas socais hoje tem um pouco do identitarismo; houveram movimentações financeiras mas não chegaram até mim. Me vejo numa situação um pouco escassa no que diz a comer mesmo, pagar minhas contas, me movimentar, ter dinheiro para pegar um ônibus; Estou organizando essa rifa pra levantar uma grana para conseguir sobreviver esse mês de Julho e também divulgar o meu trabalho porque através da rifa tem pessoas que estão me conhecendo, me percebendo. A rifa tem me ajudado: aos poucos as pessoas estão comprando, eu tenho conseguido quitar as minhas dividas mas ainda não tenho dinheiro para investir nos projetos que eu tenho em mente, meus projetos musicais, projetos audiovisuais, mas ela me da força pra continuar nos trilhos.
Para quem nunca viu uma performance sua, onde você gostaria que essa pessoa começasse? ao vivo no momento presente ou alguma gravação especial?
KRYARTURA: Gosto muito dos meus audiovisuais, desde os mais improvisados até os mais elaborados, eu sempre tive uma relação estreita com o audiovisual. Na magia do clipe, do cinema, da web série você pode editar a realidade, e é assim que eu quero ser vista. Dito isso o meu forte é a perfomance. Meu carro chefe da minha drag é a performance, é a presença, é o impacto, são as forças espirituais que são movidas quando eu estou montada e exercendo a minha performance.
Eu gostaria muito que as pessoas tivessem oportunidade de ir me ver num palco, num teatro porque sinto que ali as pessoas tem contato direto com a KRYARTURA: Elas sentem aquela estranheza, aquela paixão, aquela emoção e a KRYARTURA é isso: é emoção, é paixão, é sentimento, coisas humanas. Quando eu estou em drag eu assumo a raiva, o ódio, o amor, a paz e uma coisa não anula a outra, é possível você viver e expressar todas essas emoções no mesmo instante, a drag traz essa capacidade de você ser mais de uma coisa ao mesmo tempo. Gostaria que todos me vissem ao vivo e a cores mas quem não tem oportunidade meus audiovisuais são muito interessantes para trazer familiaridade com a figura da KRYARTURA, que é uma figura estranha.
O que te mantem indo ao longo do dia?
KRYARTURA: Sinceramente quero encontrar a minha paz, quero ter minha casa e minha família. Quero provar para mim que sou uma artista talentosa e que mereço as cosias boas que a vida tem a oferecer, alem dos sentimentos e amizades também o financeiro, o luxo e conforto são coisas que tenho vontade de viver e é o que me motiva. Conquistar o respeito das pessoas, não a aprovação: é muito legal quando as pessoas me olham e me respeitam, não precisam nem gostar.
No fundo todo busca um pouco de aprovação no outro e por mais que isso não seja saudável em excesso ajuda a trazer aquela calibrada pra você continuar em movimento e não parar, então quando eu estou triste, cabisbaixa o que faz eu continuar é pensar que amanhã ou depois eu posso estar na minha casa, com meus filhos, com meu companheiro ou minha companheira, a pessoa que escolher viver ao meu lado e é isso que me faz continuar. Um dia ser normal, digamos assim.
Vimos nos stories do seu Instagram que você sofreu ontem um assédio e um ataque transfóbico seguido em menos de vinte minutos um do outro – e que existe na sua rotina uma média de 3 ataques por dia, mas você parecia calma ao relatar tudo, terminando o relato dizendo é isso; como você processa isso hoje e como foi isso ao longo da sua trajetória pessoal e artística?
KRYARTURA: Antes de eu me tornar artista eu já era LGBT e foi um dos primeiros atravessamentos que eu tive, desde de muito nova sofri muita violência. Fui humilhada, torturada, passando pela cura gay. Quando você é uma criança LGBT você fica sabendo que você é LGBT pelos outros, as vezes as pessoas sabem de você primeiro que você mesmo. Eu já fui espancada na rua, já fui perseguida, já apontaram arma de fogo pra mim, já deixaram de me atender, já me mandaram embora de um estabelecimento…tudo isso por conta do meu corpo e da minha vivencia. Depois que eu cresci e assumi a KRYARTURA ela me ajudou a lidar com essa estranheza e entender que a estranheza vem dos outros: você sempre vai ser você, se você vai ser ser estranho, ou não, vão ser os outros que vão decidir; Ao mesmo tempo que outros decidem se você é ou não estranho eu tomei isso pra mim.
É como a palavra “viado” que pode ser vista como um ataque e pode ser vista como um orgulho. Hoje, dentro da minha realidade, ser uma pessoa trans requer muita coragem porque um dia você vai ser o traveco que vão xingar na rua mas outro você vai estar com outras travecas e vai ser uma delicia você chamar poder virar pra sua amiga traveca e falar “amiga, to mal, vamos barbarizar” esse tipo de coisa.
De certa forma me acostumei com a violência, o impacto já não é tão grande, é mais o pós. Na hora a gente rebate, foge, sabe o que fazer mas depois de 1, 2 dias, aquele cansaço, aquele desanimo bate…quando serei respeitada? quando poderei andar na rua novamente? Ontem apesar de ter sofrido as violências foi tranquilo no sentido que a gente se adapta chega uma hora que é necessário mais do que uma simples palavra ofensiva para me atingir. Tudo isso trouxe uma casca, uma forma de eu me proteger, não gosto da ideia de me acostumar mas é verdade é essa, e nem sempre que as pessoas me pararem na rua e me chamarem de traveco ou viado vou ficar triste, mas sempre incomoda.
Você segue alguma filosofia de vida?
KRYARTURA: Geralmente filosofia de vida vem acompanha vem acompanhada de doutrinação de vida, e por já ter passado por uma cura gay, essa lobotomia lavagem cerebral cristã, me sinto aterrorizada em viver uma filosofia de vida ou ter que me apoiar em uma doutrinação para conseguir acreditar em alguma coisa. Ultimamente minha filosofia de vida tem sido comer bem, dormir bem e sentir-se bem para alem do fisico, o espiritual também. Do que eu me alimento espiritualmente? Quais tipos de arte que eu consumo? quais tipos de musica mexem comigo? O que as letras dizem? Quais são os artistas que alimentam a minha alma e como faço minha alma descansar? Para alem do corpo fisico alimentação, descanso e exercício tem haver com o espiritual. Quero buscar estar bem e fazer o que me agrada, me traz vida, paz, segurança, progresso, ser feliz com as coisas que tenho, sou e fazer o que eu posso com o que tenho; Não adianta sonhar e almejar coisas que não estão nas minhas mãos, mas posso ir atras do que almejo com o que tenho.
Amamos os seus figurinos feitos à mão e como você interage com eles e todas as diferentes camadas nas suas performances, o quanto a roupa e maquiagem são importantes para e para além das apresentações?
KRYARTURA: Maquiagem e figurino são como a vitrine de uma loja, as pessoas são muito atraídas pelo visual e drag é 70% visual. Minhas maquiagens e roupas são fundamentais na mensagem que eu passo justamente pelas minhas roupas serem feitas de lixo, de material não convencional pois eu sempre tive baixa renda, nunca tive acesso a figurinos caríssimos; Mas isso não me impedia de querer estar nos palcos então tive que com a minha filosofia de vida me desenvolver para caber nesses espaços; Com maquiagens e figurinos únicos, distorcidos que vão de frente com a estética drag polida para justamente bagunçar e sacudir.
Minha estética chega primeiro do que eu: quando eu estou performando estou completando minha maquiagem e meu figurino, estou dando vida pra vitrine. Minha maquiagem e figurino chamam a atenção das pessoas – no começo essa era a ultima coisa que as pessoas olhavam, minha maquiagem nunca foi boa (risos) e o figurino nunca foi o dos melhores. Eu não era valorizada porque fazia show descalça, com unha postiça no pé – eu calço 43, não tenho 500 reais para comprar um sapato, eu to fazendo rifa pra comer, pra pagar minhas contas…É um patamar de arte que eu ainda não cheguei; porem eu nunca quero deixar para trás essa estética lixo, cyberpunk, destroyed que traz as minhas origens. Nunca fui uma drag de elite, hoje acesso lugares de elite mas sei que não pertenço nesses lugares: meu lugar é com as clubbers, as freaks, as deformadas, as transtornadas. É com elas que eu me sinto viva, valida.
Minhas roupas e maquiagens são as primeiras coisas a chegarem nos lugares e as ultimas a falarem, a pessoa olha a roupa e fala “meu deus, o que é isso”, depois ela me conhece assistindo uma performance e tudo faz sentido; A pessoa começa a admirar, isso é magico. Conforme as pessoas foram me conhecendo elas foram aprimorando o gosto delas também.
Você usa lentes de contato com frequência? o que elas fazem por você?
KRYARTURA: Amo lentes de contato, desde muito nova era apaixonada pela estética das lentes quando via sendo usada em cosplay (como do Naruto). Como drag no começo não usava lentes mas depois que comecei a experimentar percebi que dava um up na maquiagem e desde então adotei. Hoje em dia lentes de contato fazem parte da estética da minha drag; uma de cada cor. O olho diferente é magico porque o olho é a janela da alma, eu gosto de ter decorações diferentes, porque traz outra visão (risos)
Lentes coloridas trazem mesmo uma outra visão para seu personagem, você pode ficar mais longe da figura humana com aquele olho todo branco, todo preto, ou amarelo. Lentes de contato complementam o seu visual, é uma visão diferente, não só pra você, mas pra quem te vê de fora.
Lentes de contato antes ou depois da make?
KRYARTURA: Quando usava lente escleral que é bem grandona sempre colocava antes porque é uma lente muito grande, tinha que puxar e esticar ambas as pálpebras para conseguir encaixar as lentes mas com a LentesDeContato.com.br tive acesso a lentes mais confortáveis; Então é permitido que eu coloque a lente depois da maquiagem, só dou uma puxadinha e logo a lente encaixa no olho, linda e confortável. Ultimamente tenho sempre colocado a lente por ultimo, principalmente quando a lente interfere na visão, pois sou míope, então prefiro me maquiar com os olhos de carne (risos) e depois colocar a lente para completar. O mais legal é que graças a parecia com a LentesDeContato.com.br depois me maquiar fico pensando “que cor que eu vou colocar de lente?”, é uma delicia, é um close, é uma condição.
Você tem uma cor preferida de lentes de contato?
KRYARTURA: Gosto muito de tres cores: lente branca porque traz uma visão de que você esta morto, é um zumbi ou de você ser um lobo com muito sangue nos olhos; Vermelha também traz a sensação da raiva, perigo, emoção. Quando você esta com o olho vermelho as pessoas olham e falam nossa!; Amarelo gosto porque da a impressão de que estou envenenada, parece que eu fui intoxicada. Essas são as minhas preferidas porque trazem esse estereotipo do não humano ou pós humano (risos).
O que você quer criar?
KRYARTURA: Quero deixar como um legado o orgulho de pessoas não conformistas que chegam, mas para alem das identidades brancas e tudo mais: as pessoas entenderem que ao mesmo tempo que o gênero não existe ele é uma coisa soberana. Cada pessoa fala sobre si; nós nunca podemos chegar e falar pelo outro. Quero criar uma segurança para as pessoas poderem transitar em todos os estereótipos de gênero sem nenhum compromisso com ele; também gostaria de criar uma atmosfera, geração, um pensamento coletivo de que a arte cura, de que a arte é livre e de que também pode ser feia para você conseguir se expressar. A arte, assim como o gênero é soberano; Cada pessoa tem o direito e o poder de criar como ela quiser. assim como eu criei como eu quis, gostaria de criar essa consciência.
O que vale a pena lutar por?
KRYARTURA: Bem-estar, no sentido de você se sentir consigo mesma e também com outras pessoas, não adianta a gente querer ficar bem consigo mesma e chatear todo mundo e não conseguir entender as outras pessoas. Ao mesmo tempo que a gente quer ser entendida temos que querer entender os outros. Outra coisa é o meu sentir-se confortável, sentir que estou entendendo o que acontece na minha vida, onde quero chegar, quem sou, o que gosto ou não, o que tolero ou não, o que evito e o que busco. O que realmente vale a pena é a satisfação plena como pessoa, antes de querer ser artista, amiga, líder, produtora, esposa, tenho que querer ser eu e estar bem com isso porque nem sempre é confortável sermos nos mesmos, as vezes dói e temos que abrir mão de varias coisas pra sermos nós mesmos, e é um preço que estou sempre disposta a pagar.
Se para ser quem sou precisar deixar o mundo trás, eu vou deixar. Vou sempre olhar para o que esta na minha frente, não aquilo que deixo pra trás. Aquilo que vai trazer progresso e constância não estará a minha frente, estará ao meu lado, me incentivando, me guiando, nunca pra trás de mim. O que ficou para trás, para trás fica. O que esta a frente a gente supera, passa por cima, nunca deixar ser tombada.
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